A Justiça Global lança guia voltado a comunicadores e jornalistas que aborda algumas das principais violações de direitos humanos ocorridas durante o processo de preparação do Rio para o megaevento. A publicação “Violações de Direitos na Cidade Olímpica” tem o objetivo de ser uma ferramenta para jornalistas conhecerem o outro lado deste megaevento, que implicou no aprofundamento dos processos de segregação na cidade, de controle e privatização do espaço público e de extermínio da população negra e pobre. São 25 temas abordados, que vão dos equipamentos esportivos, como o Maracanã, a letalidade da polícia, passando pelo processo de remoções de comunidades e a legislação de exceção criada para os Jogos, como a Lei Antiterrorismo. Ao final de cada texto, o jornalista encontra links para obter mais informações, assim como os contatos diretos das fontes que tratam de cada um dos temas, facilitando sua busca por discursos em contraponto aos oficiais do Estado, do COI e do COB.
Dividido em oito eixos, o guia aborda a miríade de violações de direitos que compõem a face menos evidente dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Estas violações afetam o meio ambiente e os modos de vida tradicionais, como ocorre nas Baías da Guanabara e de Sepetiba, ou na construção do campo de golfe olímpico, em que milhares de quilômetros quadrados de mata nativa foram destruídos. A publicação também relata as violações ligadas ao direito à moradia, ressaltando o impacto caudado pela maior política de remoções forçadas da história da cidade, com mais de 77 mil pessoas removidas. Aborda a reatualização de políticas segregatórias e racistas de controle urbano, com a repressão e expulsão de camelôs, o recolhimento compulsório de pessoas em situação de rua, o encarceramento em massa e o uso de efetivos das forças armadas em favelas e periferias. No conjunto de violações perpetradas, nem mesmo os atletas, amantes e praticantes dos esportes foram poupados: complexos de treinamento, como o Parque Aquático Julio Dellamare, o Estádio de Atletismo Célio de Barros, ou o Estádio de Remo da Lagoa foram destruídos ou desativados.
Ao elencar algumas das principais arbitrariedades promovidas para a realização dos Jogos Olímpicos, o Guia “Violações de Direitos na Cidade Olímpica” busca ajudar na percepção de que, como toda história, a Olimpíada tem um outro lado.
Justiça Global releases “Guide for journalists and media professionals – rights violations in the Olympic City»
Justiça Global releases a guide directed to journalists and media professionals. The document addresses some of the main human rights violations that occurred during the city’s preparation process for the mega event. The publication «Rights Violations in the Olympic City» intends to be a tool that allows journalists to know the other side of this mega event, which resulted in the aggravation of processes of segregation, control and privatization of public spaces, and extermination of the black, poor population in the city. There are 25 themes, ranging from sports facilities such as the Maracanã Stadium, police lethality, evictions of families from the favelas to the emergency legislation created for the Games, such as the Anti-Terrorism Law. At the end of each text, journalists can find links for more information, as well as the direct contacts of sources dealing with each topic, making it easier to search for discourses that contrast with the State, IOC and COB’s official discourse.
Divided into eight axes, the guide addresses the myriad of rights violations that constitute the less obvious side of Rio 2016 Olympic Games. These violations affect the environment and the traditional ways of life – as it has been happening at the Guanabara and Sepetiba Bays. That is also the case of the Olympic golf course, where thousands of square kilometers of native vegetation were destroyed. The publication also reports violations concerning the right to housing, highlighting the impact caused by the greatest forced eviction policy in Rio’s history, with more than 77,000 people displaced from their homes. The guide addresses updated segregational and racist policies of urban control, with the repression and expulsion of street vendors, the compulsory removal of homeless people from the streets, mass incarceration and deployment of military troops into slums and suburbs. In the set of violations perpetrated, not even athletes, sports enthusiasts and amateurs were spared: training complexes, such as the Julio Delamare Aquatic Park, the Celio de Barros Athletics Stadium or the Lagoa Rowing Stadium were dismantled or disabled.
By listing some of the main arbitrary acts promoted in the name of the Olympic Games, the Guide “Rights Violations in the Olympic City” seeks to help readers realize that, like all stories, the Olympics also have a different side to it.
Justicia Global lanza «Guía para periodistas y comunicadores – Violaciones de derechos en la Ciudad Olímpica»
Justicia Global lanza una guía destinada a comunicadores y periodistas que aborda algunas violaciones a los derechos humanos ocurridos durante el proceso de preparación de Río para el megaevento. La publicación “Violaciones a Derechos en la Ciudad Olímpica” tiene el objetivo de ser una herramienta para que los periodistas conozcan la otra cara de este megaevento, que provocó la profundización de los procesos de segregación en la ciudad, de control y privatización del espacio público y de exterminio de la población negra y pobre. Son 25 temas abordados, que van de los equipamientos deportivos, como el Maracanã, a la letalidad de la policía, pasando por el proceso de desalojos de comunidades y la legislación de excepción creada para los Juegos, como la Ley Antiterrorismo. Al final de cada texto, el periodista encuentra enlaces para obtener informaciones adicionales, así como los contactos directos de las fuentes que tratan cada uno de los temas, facilitando su búsqueda por discursos, en contrapunto a los oficiales del Estado, del COI y del COB.
Dividida en ocho ejes, la guía aborda la miríada de violaciones a los derechos que componen la cara menos evidente de los Juegos Olímpicos Río 2016. Estas violaciones afectan al medio ambiente y a los modos de vida tradicionales, como ocurre en las Bahías de Guanabara y de Sepetiba, o en la construcción del campo de golf olímpico, en el cual fueron destruidos miles de kilómetros cuadrados de vegetación nativa. La publicación también relata las violaciones relacionadas al derecho a la vivienda, destacando el impacto causado por la más grande política de desalojos forzados de la historia de la ciudad, con más de 77 mil personas expulsadas. Aborda la reactualización de políticas de segregación y racismo de control urbano, con la represión y expulsión de vendedores ambulantes, la internación compulsoria de personas en situación de calle y el uso de efectivos de las fuerzas armadas en favelas y periferias. En el conjunto de violaciones perpetradas, ni siquiera se salvaron los atletas, amantes y practicantes de los deportes: complejos de entrenamiento, como el Parque Acuático Julio Dellamare, el Estádio de Atletismo Célio de Barros, o el Estádio de Remo da Lagoa fueron destruidos o desactivados.
Al mencionar algunas de las principales arbitrariedades promovidas para la realización de los Juegos Olímpicos, la guía “Violaciones de Derechos en la Ciudad Olímpica” busca ayudar en la percepción de que, como toda historia, la Olimpíada tiene otro lado.