A Justiça Global participou de reuniões e oitivas da relatora, em São Paulo, onde expôs informações sobre a expansão do crime organizado e o risco à atuação dos defensores de direitos humanos. Na ocasião, a organização também apresentou dados de ameaças das milícias rurais e urbanas.
“As pessoas defensoras de direitos humanos que mais correm risco no Brasil são Indígenas e Quilombolas e membros de outras comunidades tradicionais. Em muitos casos, os autores dos ataques são conhecidos. No entanto, a impunidade por esses crimes continuam desenfreada”, foram as principais considerações da relatora da ONU sobre pessoas defensoras de direitos humanos, Mary Lawlor, após passar pela Bahia, Pará, São Paulo e Mato Grosso do Sul: quatro quatro estados onde defensores de direitos humanos enfrentam desafios particularmente sérios.
A Justiça Global participou de reuniões e oitivas da relatora, em São Paulo, onde expôs informações sobre a expansão do crime organizado e o risco à atuação dos defensores de direitos humanos. Na ocasião, a organização também apresentou dados de ameaças das milícias rurais e urbanas.
Em suas considerações finais sobre a situação de pessoas defensoras de direitos humanos no Brasil, Mary Lawlor também fez comentários sobre o grupo de Trabalho Sales Pimenta: “O estabelecimento do Grupo de Trabalho é positivo e necessário. No entanto, ouvi repetidamente preocupações de defensores de direitos humanos sobre sua falta de progresso e a falta de investimento por parte do Governo Federal. O GT precisa ter um orçamento adequado para que consiga desenvolver aquilo que foi encarregado de fazer e deve contar com a participação genuína de todos os ministérios relevantes, bem como dos próprios defensores dos direitos humanos que estão em risco. Em suma, precisa ser politicamente priorizado e devidamente financiado”, afirmou.
Acesse aqui a íntegra das considerações finais de Mary Lawlor.