A Justiça Global participou de duas atividades, mas – durante os dias do evento – concentrou a atuação na Cúpula dos Povos Frente ao G-20.
O G20 Social foi realizado no Rio de Janeiro de 14 a 16 de novembro de 2024, antecedendo a Cúpula de Líderes do G20, que ocorreu nos dias 18 e 19 de novembro.
Este evento inédito, idealizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu representantes da sociedade civil, governos, acadêmicos e organizações internacionais para discutir desafios sociais globais, como desigualdade, pobreza, saúde, educação, desenvolvimento sustentável e direitos humanos.
A programação contou com painéis principais e 271 atividades autogestionadas, realizadas em espaços na Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro–RJ, como o Espaço Kobra, Armazém 2, Armazém 3, Armazém Utopia e Museu do Amanhã.
A Justiça Global participou de duas atividades, mas – durante os dias do evento – concentrou a atuação na Cúpula dos Povos Frente ao G-20.
Saiba mais: Cúpula dos Povos Frente ao G20 reúne 700 pessoas no Rio
A organização também contribuiu nas recomendações da sociedade civil no grupo de engajamento sobre transição energética.
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Segurança Pública e População LGBTQIA+
Um momento histórico marcou o primeiro G20 Social do mundo, realizado no Rio de Janeiro: foi o painel “Prisma Proteção LGBTQIA+ à Luz de Evidências em Segurança Pública e Direitos Humanos”, que reuniu organizações, especialistas e ativistas para debater dados e estratégias que visam garantir a proteção da população LGBTQIA+ em um cenário global marcado por desafios sociais e políticos.
A realização foi possível graças ao esforço conjunto das organizações Acontece LGBTQIA+ (proponente), ANTRA, ABGLT, Justiça Global, da Embaixada dos Países Baixos e do Match Group/Tinder, que acreditaram no potencial deste diálogo para fortalecer a luta por igualdade, segurança e direitos humanos para as pessoas LGBTQIA+. O painel representou não apenas um momento de reflexão, mas também um marco de resistência e ocupação de espaços estratégicos no debate global.
Nesta atividade, a Justiça Global foi representada pela pesquisadora do programa de Violência Institucional e Segurança Pública, Luna Ribeiro.
Direitos Humanos e Empresas
A Justiça Global, representada pela coordenadora de Justiça Socioambiental Melisanda Trentin, participou da atividade autogestionada organizada pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) no G20 Social.
A atividade, chamada “O direito histórico das empresas violarem Direitos Humanos: regulamentação da atividade empresarial e protagonismo social”, foi organizada pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos, por meio de sua Comissão Permanente Direito ao Trabalho à Educação e à Seguridade Social e do seu GT Direitos Humanos e Empresas.
“É fundamental que o conjunto da cidadania organizada do país perceba a importância de instrumentos de controle social sobre grandes grupos empresariais. As altas finanças e as transnacionais têm se mostrado impermeáveis a regulações e obrigações que limitem seu potencial de expansão, dissimulando violações de direitos humanos em série, seja no ambiente de trabalho, seja nos territórios”, explica a ementa do evento.