Entre os dias 16 e 18 de janeiro foi realizado o encontro de planejamento da Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale (AIAAVs).
Entre os dias 16 e 18 de janeiro foi realizado o encontro de planejamento da Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale (AIAAVs). Esta atividade ocorreu no Rio de Janeiro, na sede do IBASE, organização que compõe a articulação, estiveram presentes representantes da FASE, Justiça Global, PACS, METABASE Inconfidentes, MAM, Justiça nos Trilhos e Brigadas Populares.
Nesta reunião, a primeira presencial após a pandemia, foi possível fazer uma análise de conjuntura da questão mineral no contexto econômico e político, tanto brasileiro, quanto mundial. Também foram estabelecidas estratégias de resistência e ações da articulação frente a mega empreendimentos minerais para o próximo período.
Importante ressaltar o simbolismo da retomada destes encontros presenciais no janeiro marrom, que este ano marca os quatro anos do crime da Vale em Brumadinho. No dia 25 de janeiro de 2019 uma barragem de rejeitos rompeu no Córrego do Feijão, matando 272 pessoas e destruindo a bacia do Rio Paraopeba.
As condições precárias da Barragem I eram conhecidas da Vale, que mentia sobre sua estabilidade com a cumplicidade da auditoria da Tuv Sud, empresa alemã. Mesmo assim ela manteve todas operações industriais e administrativas funcionando abaixo da barragem, levando à morte de centenas de seus próprios trabalhadores, além de moradores e turistas da região. Até hoje ninguém foi responsabilizado e três jóias seguem desaparecidas.
A luta pelos direitos dos atingidos e atingidas pela mineração é uma das frentes de atuação das Brigadas Populares, tanto em Minas Gerais, com destaque para a luta em Itabira contra os impactos socioambientais da Vale e na defesa da Serra do Curral, na RMBH, quanto no Pará, onde se encontra o maior complexo mineral brasileiro.
Fonte: Brigadas Populares