Na madrugada de quarta (23/11), a aldeia Patiburi, do povo Tupinambá de Belmonte, foi mais uma vez atacada por pistoleiros. As casas foram alvos de tiros durante a madrugada, enquanto todos dormiam. Felizmente, ninguém ficou ferido. A Polícia Militar compareceu ao local e o caso foi registrado junto à Polícia Civil. As cápsulas ainda não foram encontradas.
Liderada pela Cacica Cátia, de 52 anos, a aldeia tem sofrido ameaças desde o começo dos anos 2000 pela pressão do avanço da fronteira do agronegócio. Em 2005, uma liderança indígena desapareceu no Rio Jequitinhonha, próximo a aldeia. Nove anos depois, o filho de Cacica Cátia foi morto em um atropelamento nunca elucidado. Em fevereiro de 2019, seu enteado desapareceu.
Desde 2018, Maria do Carmo Querino – seu nome de registro – integra o Programa Federal de Proteção de Defensores de Direitos Humanos e só sai da Aldeia Patiburi com escolta policial. Em 2019, ela foi homenageada na quinta edição da Homenagem Maria do Espírito Santo: pela valorização da vida das defensoras, da JG.
A Justiça Global manifesta solidariedade ao povo Tupinambá de Belmonte e à Cacica Cátia e pede que os ataques sejam adequadamente investigados pelas autoridades competentes.