Durante cinco dias, comunidades quilombolas do Maranhão ocuparam a Estrada de Ferro Carajás para denunciar violações de direitos humanos e protestar pela titulação de suas terras, bem como exigir uma consulta prévia diante da duplicação da ferrovia, realizada pela Vale.
Na pauta de reivindicações enviada à Presidência da República, ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, ao INCRA e à Fundação Palmares, os quilombolas relatam ainda casos de atropelamentos na ferrovia, de contaminação das águas por resíduos industriais, além de denunciar o sucateamento dos órgãos responsáveis pela reforma agrária no estado e a consequente omissão e falta de comprometimento com a reforma agrária e a titulação das terras ocupadas por comunidades quilombolas.
Nesta quinta-feira, Quilombolas de Itapecuru, adjacências e Movimento Quilombola do Maranhão (MOQUIBOM) convocam uma coletiva de imprensa para expor os motivos da desocupação da ferrovia Carajás e apresentar a resposta do governo federal à pauta do movimento quilombola no Maranhão. A coletiva será realizada a partir das 10h, na Comissão Pastoral da Terra (Rua do Sol, 457, São Luís).
A Justiça Global manifesta seu apoio e solidariedade às comunidades quilombolas do Maranhão que lutam na defesa de seus territórios e pelo direito à consulta livre, prévia e informada.
Saiba mais sobre a ocupação da Estrada de Ferro Carajás e veja a nota de apoio da Justiça nos Trilhos.
Confira ainda as notas de apoio da Plataforma Dhesca e da Comissão Pró-Indio.